Espiritismo é Para Poucos?

Geralmente, crio tópicos que contém artigos meus ou de outrem, para reflexão, mas dessa vez preferi criar um tópico que contem uma frase – “Espiritismo é Para Poucos”,- para que os caros membros do FE possam debater sobre ela e também sobre uma segunda questão simbólica - você jogaria a agua do banho fora com a criança dentro? .

Vamos as perguntas:

1ª - Você concorda com a frase-titulo do tópico? Discorda?Explique por que concorda (sim, espiritismo é para poucos) ou discorda (não, espiritismo é para todos).

2ª - E quem seriam esses "poucos" para quem o espiritismo é?

Fiz essa pergunta fora daqui e pessoas me responderam que: “O Espiritismo é para todos, mas nem todos são para o Espiritismo.” Comente, se desejar.

Em nome da fidelidade e coerência doutrinária o que se deve fazer quando alguém – que não está de má-fé – expõe um parecer claramente anti-doutrinário? Qual deve ser, sinceramente, a nossa postura?

Figuremos um exemplo para facilitar o tópico: vemos uma criança se banhando numa bacia que está com a água suja. Então:

1b . Devemos jogar a água suja (postura anti-doutrinária) fora com a criança (aquele que tem a visão distorcida) dentro?

2b. Devemos deixar a criança para sempre dentro da água suja, ou seja, ignorá-la, já que ela é uma criança e parece querer ficar na água suja e não merece entrar no mundo dos “adultos”?

3b. Ou devemos explicar a criança que a água suja não faz bem, pois contém impurezas e que ela deve se banhar na água limpa e filtrada de impurezas e jogar fora ela mesma a água fora da bacia dela?

Qual a opção mais de acordo com o que a doutrina espírita ensina?

A opção 1? Por que?

A opção 2? Por que?

A opção 3? Por que?

E ainda tem uma 4ª opção, que é você, se ela existir, que vai dizer o que você faria com a situação de uma criança (pessoa que tem uma visão errada da doutrina) que está tomando banho na água suja (visão distorcida da doutrina ou erros doutrinários) da bacia.

Eu diria que o Espiritismo está para quem é capaz de reconhecer em si a capacidade de se melhorar, admitindo ser único responsável pela sua situação presente ou futura. Isso é para poucos, pois geralmente as pessoas preferem atribuir responsabilidades a terceiros -> Deus quis assim, ou Entrego em Suas mãos, influência de Satanás, e assim por diante.

Por outro lado, o Espiritismo prega a existência de Deus e a sobrevivência da alma após a morte, e (penso eu) a maioria da população do planeta acredita em divindades e em vida além da morte, assim sendo o Espiritismo torna-se para todos.

Quanto a como lidar com a questão da postura anti-doutrinária, da minha parte digo DEPENDE... pois minha postura dependenderá da postura do outro, ou seja, há aqueles que saberão me ouvir e vão refletir, quem sabe até concordar, como também há aqueles que simplesmente vão refutar a idéia e seguir seus pensamentos. Em inúmeras situações eu explico como o Espiritismo entende e interpreta determinado assunto, mas antes pergunto se a pessoa quer ouvir, e conforme sua aceitação prossigo e até já dei vários exemplares de O Livro dos Espíritos e do Evangelho para que a pessoa possa ler e entender por si mesma. Para os Espíritas, limito-me a comentar que tal livro de Kardec apresenta tal ensinamento, e deixo a pessoa ficar com a dúvida (ou não).

Essa é minha opinião e meu modo de agir. Penso que a DE nos ensina a RESPEITAR A VISÃO DO OUTRO, trazendo para nós apenas o papel de modelo, sendo portanto meu dever apenas seguir os ensinamentos recebidos, analisá-los etc, compartilhando a informação sem no entanto discriminar ou anatematizar quem não concorda com ela. O que verdadeiramente importa é a conduta da pessoa, não importando se é cristão, muçulmano, ateu, etc etc...

Abraço.